terça-feira, 23 de agosto de 2016

Genética Básica

   Antes de entrarmos de fato na genética alguns conceitos básicos precisam ser dominados. Então vamos:

Cromossomos: Estrutura formada por DNA e proteínas que carrega os genes, que por sua vez são unidades hereditárias ou genética que determina as características de um indivíduo.

Fenótipo: Refere- se as características visíveis de um indivíduo ou organismo, geradas por fatores externos ou genéticos.

Genótipo: Refere- se as características genéticas de um indivíduo, aos genes que ele possui.

 Sabendo os conceitos acima, fica mais fácil entender genética afinal ela fala basicamente sobre genótipo e genes. Para continuarmos tem que se entender a diferença entre fenótipo e genótipo. A pele pode ser boa para isso, por exemplo, alguém que toma muito sol terá o fenótipo alterado e ficará bronzeado, mesmo que no genótipo tenha pele clara (genes que o trouxeram está característica).
   Os genes sempre estão em pares (paterno+materno), e estes que se complementam (trazem a mesma característica) são cromossomos homólogos. Existem dois tipos de genes:

-Dominantes: Sempre que presentes sua característica estará visível, ou seja, a característica será visível mesmo que o outro gene do alelo (homólogo) não seja dominante. Não necessariamente existem mais pessoas com genes dominantes do que com recessivos. 

- Recessivos: Apenas funcionam em pares, ou seja, quando os dois genes forem recessivos.

*Genes dominantes são representados por letras maiúsculas em esquemas e tabelas, enquanto os recessivos por minúsculas.*

   Devido a variedade de possibilidades de organização dos tipos de gene em cada par criaram- se termos para sabermos mais facilmente qual o par. Quando os dois genes são do mesmo tipo chamamos o par de homozigoto ou homozigose, e se houver predominância recessiva ou dominante apenas se adiciona este termo. Caso o par possuir um gene de cada tipo, denomina- se heterozigoto ou heterozigose.

DICA: "Homo" vem de igual enquanto "hétero" de diferente.


Como a probabilidade de o pai passar determinado gene é 50% e o mesmo para a mãe, é interessante para a genética estudar qual a probabilidade do filho ter determinado genótipo. Por exemplo, para calcular qual a probabilidade da criança possuir uma doença genética. Para calcular isto usamos uma tabela deste tipo (chamada de quadro de punnett):
http://blogdoenem.com.br/biologia-genetica-quadro-punnett/ 
No quadro ao lado, as linhas mostram um pai homozigoto recessivo e a coluna uma mãe heterozigota. Com essa tabela vemos qual o genótipo de qualquer que seja o filho se a mãe passar um gene e o pai outro. No exemplo ao lado, vemos que a chance da criança ser heterozigoto é 50% (2:4) e a de ser homozigoto 50% também.





Além dessa tabela também usa- se heredogramas, que são uma espécie de árvore genealógico, quando queremos saber genótipos de uma família inteira a partir de uma característica que se repete, como doenças genéticas.

Por exemplo, no heredograma acima qual o genótipo dos afetados e como podemos concluir isso? Com um pouco de perspicácia vemos que o problema é de ordem recessiva, pois se fosse de ordem dominante os indivíduos II 1 e II 2 seriam homozigotos recessivos, logo, os filhos apenas poderiam ser homozigotos recessivos, ou seja, não haveria filhos afetados. Sabendo isto fica mais fácil descobrir o genótipo. Com A representando os genes dominantes e "a" os recessivos o heredograma ficaria assim:
Ou seja, apenas com algumas informações é possível descobrir o genótipo de quase toda a família. 

OBS.: Já que tudo é possível, no caso do heredograma acima, mesmo que o casal I1 X I2 tivessem 10 filhos "normais" (não afetado), não se pode provar que o homem é homozigoto, mesmo que se ele seja heterozigoto haverá uma chance de 25% a cada gestação do filho ser afetado. Ou seja, probabilidade não pode tirar dúvidas deste tipo nos heredogramas.

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Por enquanto é só. Qualquer dúvida/erro só comentar que eu respondo.


segunda-feira, 28 de março de 2016

Brasil - Pecuária, mineração e drogas do sertão

OI OI
Hoje vou falar sobre o Brasil, descoberto por acaso (ou não, não vou discutir) em 1500 por Cabral. Ao ser achado Portugal não o deu muita utilidade, na verdade, a colonização só começou de fato na década de 1530. Enfim,

Período Pré-colonial


  No inicio da "colonização" o Brasil mal foi povoado e Portugal nem investiu direito nele, já que não acharam ouro logo de cara, a atenção estava voltada ao comércio de especiarias e as terras eram inexplorados e tinham muito pouco conhecimento sobre o local.
  Até a época colonial o Brasil era usado para expedições de prospecção(Entradas) e proteção, para reabastecer navios portugueses, e para a extração do pau- brasil, onde usavam índios para o trabalho, ou na base da escravidão ou da troca. É, desde o início os portugueses não tinham uma boa relação com os índios, na verdade, grande parte da mestiçagem veio na base de violência sexual, tendo poucos casamentos entre índios e europeus.

Período Colonial

     A colonização do Brasil só começou de fato na expedição colonizadora de Martim Afonso, que foi incentivado pela: queda do comércio de especiarias; Pela cobiça de outros Estados e pelo medo de perder o local; Pelo maior conhecimento da área e percepção de potencialidades. A expedição tinha como objetivo proteger o local e gerar dinheiro. Para isso fundaram núcleos de povoamento, expulsaram invasores, começaram a procurar metais preciosos, demarcaram fronteiras e introduziram uma justiça, além de doarem terras para incentivar a produção de cana.

Economia Açucareira

Só então começou a produção de cana-de-açúcar (a qual não tinha naturalmente no Brasil). Mas porque cana? Porque o clima e solo eram propícios, valia bastante, tinham muito conhecimento sobre a produção (já faziam na Índia) e tinham disponibilidade de financiamento (burguesias dispostas a comprar  e investir, como a holandesa).
   A sociedade açucareira gerou o início do tráfego de escravos africanos, transportados por navios negreiros, onde muitos morriam por doenças e fome. Era usado o sistema de Plantation para a produção de cana, que consistia na monocultura, latifúndios (a desigualdade territorial tem início aí), produção voltada a exportação, e no caso usava escravos. A cana de açúcar levava a uma tendência de imobilismo social, ou seja, dificilmente alguém mudava de classe social. Quem tinha domínio político e econômico nessa época eram os Senhores de Engenho, grandes comerciantes e traficantes de escravos.
    Durante esse tempo, além da economia açucareira era usada a economia de subsistência (a qual era o cultivo de culturas agrícolas que não eram comercializados, apenas servindo para consumo próprio) e também economias auxiliares (as quais eram comercializadas internamente, mas não eram o foco, como a pecuária inicialmente).


Pecuária


  A pecuária foi inicialmente implantada no interior para ser usada nas máquinas de engenho, mas percebeu- se que os animais ao pisarem muito na terra a deixavam inutilizavam, pois tiravam o oxigênio do solo, então, se aproveitando disso Portugal delimitou um número máximo de bois por área de extração, então tiveram de expandir a colônia para o interior para continuar a pecuária. A pecuária foi bastante desenvolvida perto dos rios, como o São Francisco (também conhecido como Rio dos Currais) e era usada como economia secundária (era, já que hoje o Brasil é o maior exportador de carne bovina).
  Com o início da mineração na zona de Minas Gerais a pecuária foi levada ao interior para perto das minas e começou a pecuária lá também, para não ter necessidade de levar bois para lá, botar em cativeiro por dias e só então matar.

Mineração

 O ouro só foi achado de fato na década de 1690 e teve maior efetivação no século XVIII(18). Ele teve ligação direta com o movimento bandeirante e sua descoberta gerou migrações tanto internas quanta externas, criando um aumento populacional. Em 1702, devido a necessidade de controlar a exploração, Portugal começou a fiscalizar, administrar e cobrar impostas sobre a mineração. Para isso, criou as Casas de Fundição (que transformavam o ouro em barras e pegava os impostos), o Selo Real (que provava o pagamento de impostos, logo após da fundição), e a Estrada Real, além de algumas regras, como que o ouro só valia após ser legitimado pelo Selo Real e impostos, como o quinto (20% da produção) e a capitação (pela quantidade de escravos).
   Junto dos impostos, veio os contrabandos e os faiscadores. Os faiscadores pegavam restos de ouro das minas, enquanto os contrabandistas usavam meios ilegais de fugir dos fiscalizadores, como guardar pequenos pedaços de ouro para driblar a fiscalização.
Diferente da cana, na mineração havia mobilidade social, tendo diversos casos de escravos comprando liberdade.
  O auge da mineração foi entre 1740 e 1760, seguido  por um declínio na mineração.


Drogas do Sertão


  As Drogas do Sertão eram plantas medicinais e/ou culinárias do interior, o que justifica o nome, já que remédios são muitas vezes chamadas de drogas e sertão está no sentido de interior. Esse movimento se aproveitava do conhecimento e da mão-de-obra indígena e estava ligado com as missões jesuítas (que catequizaram os índios) e pelos bandeirantes (que foram ao interior, escravizaram índios...). A extração dessas drogas gerou um avanço para a região Amazônica e foi impulsionada pela queda das especiarias (substituindo-as de certo modo) e por não ter na Europa.
 Como exemplo de drogas do sertão temos o guaraná, o cacau, a salsa e gergelim.

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Drogas nem sempre são uma droga. Oi? Primeiro droga no sentido de remédio, segundo de algo ruim.